Confira as mudanças na cadeia de suprimentos motivadas pela transformação digital e entenda porque serão tendência no ano de 2021
A pandemia da Covid-19 acelerou a transformação digital na cadeia de suprimentos. O que se previa de acontecer em anos foi concretizado em meses. O e-commerce teve um crescimento muito acima do previsto e omnichannel vem se fortalecendo a cada dia. Concomitante a isso, temos um consumidor exigente, que deseja ter visibilidade completa do seu pedido e que quer ter flexibilidade na sua compra e agilidade na entrega.
Esse cenário tem pressionado as empresas a dinamizar a sua estrutura de vendas e, consequentemente, a sua logística, lidando agora, com uma complexidade muito maior. Apesar de muitas estarem nessa corrida para se adequar à nova realidade, uma boa parcela ainda não percebeu a importância da digitalização de seus processos, relegando o fato de estarmos um momento diferente, com novos desafios e exigências.
Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada pelo Capgemini Research Institute mostrou que apenas 35% das empresas estão monitorando suas operações em tempo real, 29% estão modificando seus processos operacionais para se adaptarem rapidamente às mudanças externas e somente 38% estão dando aos funcionários as ferramentas de que precisam para colaborar digitalmente entre si. (Fonte: Supply Chain 247).
Não acompanhar a transformação digital pode ter um custo alto. Empresas que têm processos manuais desconectados e desatualizados não conseguem acompanhar cadeias de suprimentos cada vez mais globais e complexas. Por outro lado, aquelas que priorizam as inovações já apresentam resultados financeiros sólidos e estão mais próximas de seus clientes.
Cadeia de suprimentos digital e a centralização no cliente
Com os argumentos apresentados anteriormente, já ficou claro o quanto é importante priorizar a transformação digital na logística. Conhecer e implementar as tecnologias ideais para trazer velocidade, eficiência e precisão nos processos operacionais é fundamental para a empresa se tornar competitiva.
Antes de mais nada, as corporações precisam buscar uma cadeia suprimentos centrada no cliente e totalmente integrada e colaborativa, priorizando a visibilidade de ponta a ponta, análise de dados e a excelência na entrega. Nesse processo se transformação, elas devem reinventar as suas operações, priorizando um plano de implementação que seja escalável, totalmente voltado na satisfação do consumidor e capaz de impulsionar os resultados financeiros.
Tendências para 2021
Confira as principais tendências da transformação digital do Supply Chain para o próximo ano:
1 – Soluções de atendimento ao cliente sem contato físico
A pandemia da Covid-19 exerceu uma grande influência no desenvolvimento de estratégias e soluções que evitam o contato físico. Isso repercutiu também no varejo, com muitas empresas fechando suas lojas físicas e transformando-as mini hubs de distribuição. Até mesmo a venda de alimentos e roupas têm seguido essa direção.
Com os novos formatos, como dark stores ou micro fulfillment centers, as companhias buscam estar perto de seus clientes, propiciando uma entrega rápida e oferecendo uma experiência de compra aprimorada, ainda que não haja o contato face a face entre vendedor e consumidor. Tais modelos têm se mostrado viáveis não apenas em relação à melhoria no atendimento das demandas, mas também quanto à redução de custos para a empresa.
2 – Interação virtual entre os funcionários e parceiros
O isolamento social forçou muitas empresas a implantar o home office para as funções administrativas, utilizando ferramentas digitais para manter a produtividade e a interação entre as equipes e os fornecedores. E o que poderia ser uma solução paliativa para o momento parece ser uma tendência para o próximo ano, com o investimento maior em tecnologias que centralizam as informações e facilitam a comunicação.
3 – Investimento no planejamento de cenários
Em texto publicado anteriormente, destacamos a tendência de uso da Inteligência Artificial (IA) para auxiliar na previsão de possíveis interrupções na cadeia de suprimentos, além de direcionar a criação de planos de ação que possam ser implantados rapidamente. Isso porque a Covid-19 pegou todos de surpresa e a maior parte das empresas não tinha um plano de contingência para lidar com os desafios impostos.
Ainda não se sabe exatamente como a economia de 2021 será impactada pela pandemia, por isso as companhias já têm investido em softwares que sejam capazes de prever cenários e antecipar possíveis resultados. Tais tecnologias fortalecem a tomada de decisão, fornecendo dados e análises para que a empresa siga na direção certa.
4 – Maior foco na estratégia omnichannel
Em publicações anteriores temos mostrado o quanto a estratégia omnichannel tem se fortalecido, oferecendo uma vantagem competitiva às empresas que já adotaram o modelo. E tudo indica que em 2021, a venda multicanal será um fator essencial para o sucesso dos negócios no varejo. Para tanto, é fundamental o investimento em tecnologias que integram todos os canais de venda, que ofereçam total visibilidade aos clientes e que potencializam a logística, base para que o omnichannel seja bem executado. (Saiba mais sobre o OMS).
5 – Visibilidade de ponta a ponta
Ter uma visão completa da cadeia de suprimentos é uma das premissas principais para tomar decisões assertivas e para que a empresa seja bem sucedida na execução de novas estratégias, como o omnichannel. E, em caso de qualquer interrupção, a visibilidade também é crucial ara efetuar os ajustes certos. Por isso, cada vez mais as empresas têm abandonado o papel e investido na digitalização, para que tenham informações precisas e em tempo real.
6 – Automação de processos manuais
As cadeias de suprimentos estão se tornando cada vez mais ágeis e isso só tem sido possível graças às tecnologias que trazem mais eficiência, eliminam os erros e reduzem a intervenção humana. Ao automatizar os processos manuais com o suporte de softwares e robôs, as empresas ganham em produtividade, melhor uso dos recursos e, principalmente, competitividade, já que conseguem garantir um atendimento de excelência aos seus clientes.
Preparando a operação logística para as inovações
As questões citadas anteriormente precisam ser discutidas internamente e priorizadas no planejamento estratégico da empresa. E não basta apenas implantar a tecnologia. É preciso preparar o armazém para a transformação digital, a qual impacta na cultura organizacional.
Ter uma boa comunicação com os funcionários, explicando o que cada um irá ganhar com o suporte das tecnologias é um passo importante. Eles também precisam ser treinados e motivados a explorar o potencial de cada ferramenta.
Por fim, não se esqueça: o investimento em tecnologia não significa a desvalorização dos recursos humanos. Pelo contrário, se há um ponto em comum nos grandes players é que eles investem tanto em inovações quanto em profissionais qualificados, os quais são capazes de desenvolver as melhores estratégias a partir de ferramentas avançadas. Priorizar ambos é o caminho para o sucesso!
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