SKU: o que é e como utilizá-lo em seu armazém - Delage

SKU: o que é e como utilizá-lo em seu armazém

Entenda a finalidade do SKU nos armazéns, seus benefícios e como elaborá-los de forma correta

 

A organização é essencial para o gerenciamento de estoque. Lidar com o armazenamento de centenas ou milhares de produtos diferentes requer o uso de estratégias que permitam identificar cada item de forma correta e prática. A identificação auxilia não apenas na rotina de trabalho no armazém, mas também nas operações financeiras, contábeis e na realização de inventários, fundamentais para garantir a acuracidade. Para ajudar os gestores nesse processo, existe o SKU.

 

Neste texto, vamos apresentar a definição de SKU, a diferença entre SKU e GTIN, suas vantagens e boas praticas para a sua utilização. Confira a seguir.

 

 

O que é SKU?

SKU

A sigla SKU significa “Stock Keeping Unit” ou “Unidade de Manutenção de Estoque”. Trata-se de códigos alfanuméricos, variando entre 6 e 18 caracteres, que ajudam as empresas gestão do seu estoque. Cada produto possui um SKU, o qual pode ser tão elaborado quanto a empresa deseja, expressando detalhes como o fabricante, a categoria ou as variações de produto, como tamanho, peso, cor, etc.. Ele geralmente é impresso ao lado do código de barras e GTIN.

 

A utilização do SKU facilita no gerenciamento do estoque, na localização da mercadoria e no fluxo de materiais, auxiliando na identificação rápida de cada tipo de produto em cada processo, seja na entrada, na armazenagem, separação, expedição ou inventário.

 

É também através do SKU que se identificam os itens vendidos, entregues, trocados ou devolvidos. O código permite, ainda, a avaliação do histórico da demanda e da quantidade de produtos armazenados, requisitos importantes para garantir um nível ideal de estoque. Além dos armazéns logísticos, o SKU é utilizado em marketplaces, lojas virtuais, plataformas de e-commerce ou qualquer tipo de negócio que deseja gerenciar o estoque de maneira eficiente.

 

Qual a diferença entre os SKUs e os GTINs?

 

Por serem específicos da empresa e não universais, os SKUs apresentam algumas diferenças dos GTINs (códigos de barras):

 

✓ Os SKUs são atribuídos internamente, já os GTINs são designados pela organização GS1 e seguem padrões globais.

 

✓ Os SKUs podem ser criados da maneira que a empresa desejar, GTINs, por sua vez, devem seguir procedimentos específicos.

 

✓ Os SKUs podem incluir letras ao lado de números, ao passo que os GTINs são compostos apenas por números.

 

A principal diferença entre SKUs e GTINs é que o objetivo central dos SKUs é o uso interno dentro de uma organização, enquanto os GTINs são utilizados principalmente para regulamentação externa.

 

 

Por que os SKUs são úteis?

 

Os SKUs são tão importantes nas operações logísticas que se tornam praticamente uma necessidade. Além de auxiliarem muito na organização da área de armazenagem, trazem outros importantes benefícios, tais como:

 

 

1. Facilidade na identificação do produto

 

Ao contrário dos GTINs computadorizados, os SKUs podem ser elaborados da maneira que você desejar. Você pode criar um código simples o suficiente para que a sua equipe consiga entende-los com facilidade, trazendo mais eficiência aos processos.

 

 

2. Redução de erros humanos

 

Ao identificar cada tipo de produto com um SKU você reduz a ocorrência de erros na separação e expedição, evitando que o cliente receba um pedido errado. Conforme destacamos, o SKU é facilmente lido pelo funcionário, assim ele consegue identificar rapidamente se está separando e despachando a mercadoria correta.

 

Considerando o quanto você perde ao enviar itens errados, a adoção de um sistema SKU geralmente leva a economia de dinheiro de imediato.

 

 

3. Maior velocidade no processamento de pedidos

 

Além de reduzir erros, os SKUs aceleram todo o processo de envio de produtos. Como a maioria dos softwares de gestão implementa SKUs, você pode usar com eficiência um scanner para trazer mais velocidade no picking e expedição.

 


4. Maior controle do estoque

 

Se você organiza seu estoque usando SKU, fica mais fácil rastrear o estoque excessivo ou baixo, ou mesmo as situações de falta de estoque (stockout). Basta fazer do uma consulta aos relatórios de estoque com base nos códigos SKU.

 

Além disso, é possível medir o giro de cada SKU e prever a sua demanda com precisão. Os SKUs com alto giro devem ser estocados com frequência e em quantidades maiores, e aqueles com baixa giro devem ser estocados em menor quantidade, com o cuidado para que não fiquem parados e se transformem em perdas no futuro. Assim, com a ajuda dos SKUs, é possível monitorar o fluxo de produtos e, consequentemente, prever a demanda.

 

> Saiba mais sobre a Classificação ABC.

 

5. Requisitos para determinados canais de venda

 

Os SKUs são um requisito para muitos marketplaces, incluindo a Amazon e Mercado Livre. A implementação de um sistema baseado em SKU garante, assim, a expansão para mais canais de e-commerce.

 

Como fazer um SKU: práticas recomendadas

 

Antes de apresentarmos algumas estratégias eficazes para a criação de SKUs, vamos trazer um exemplo para que fique mais fácil visualizar as dicas.

 

O SKU de uma calça jeans da marca Levis, modelo Straight Leg, tamanho 36, cor azul, ficaria da seguinte forma:

 

LEV – JN – SL – 36 – AZ

 

Sendo:

 

LEV – Levis (Marca)
JN – Jeans (Categoria de produto)
SL – Straight Leg (Modelo do produto)
36 – Tamanho
AZ – Azul (Cor)

 

É possível perceber que é fácil criar o código e fazer a sua leitura. Na hora de separar um produto ou de enviar ao cliente, o SKU ajuda muito a trazer precisão. Agora, verifique algumas recomendações para que você crie os códigos de maneira eficaz:

 

1) Organize seu SKU em “seções em cascata”



É mais fácil entender os SKUs se você os dividir em seções padronizadas que vão do geral ao específico, como é o caso do exemplo acima. Você pode começar pela marca, depois incluir a categoria do produto e, na sequência, as definições daquele item particular (modelo, tamanho, cor, etc.).

 

 

2) Use traços para separar códigos e não inicie o SKU zero

 

A utilização de traços/hífens entre as diferentes seções de código podem tornar mais fácil a leitura e digitalização do produto certo. Outra recomendação é não iniciar seus SKUs com zero, pois isso pode causar problemas com os documentos do Excel e com diferentes tipos de software.

 

 

3) Não complique

 

A vantagem dos SKUs é que você pode torná-los compreensíveis para todos que trabalhem. Por exemplo, você pode usar P, M, G, GG, XG no seu SKU para indicar tamanhos. Para as cores, por exemplo, branco, preto e azul , você pode usar BR, PR e AZ, respectivamente. O ideal é sempre evitar códigos ambíguos que podem gerar confusão na leitura e que são facilmente esquecidos.

 

4) Evite caracteres especiais

 

Caracteres especiais como *, <,> ou / podem causar problemas em determinados softwares ou aplicativos, portanto, é melhor evitá-los. Se você estiver usando uma planilha do Excel, alguns caracteres especiais acionam funções alternativas, tornando mais difícil de organizar.

 

 

5) Adicione códigos sequenciais no final

 

Mesmo que o número tecnicamente não signifique nada, adicionar um código sequencial vazio como 001, 002 etc. traz alguns benefícios. Primeiro, ele ajuda a organizar os produtos cronologicamente conforme você começou a vendê-los. Além disso – e o mais importante -, eles ajudam a planejar o futuro: se houver atualizações ou novos modelos para um tipo de item, você poderá adicioná-los rapidamente ao seu sistema aumentando o código final.

 

 

6) Não copie outros códigos

 

É tentador transferir outro código preexistente, como códigos de fabricante ou fornecedor, ou mesmo o GTIN. Isso parece razoável no começo, mas prejudica todo o seu sistema se você mudar de fornecedor ou fabricantes. É melhor criar um código original que possa ser parametrizado de acordo com suas necessidades da sua empresa.

 

 

Sistema WMS: suporte para o crescimento

 

É natural que o seu negócio aumente o número de SKUs com o passar do tempo. Isso pode ser visto como um complicador, mas se você conta com um bom WMS, não há o que temer. O sistema permite um controle preciso de SKUs, além de gerenciar com eficiência o espaço de armazenagem e o endereçamento de produtos, auxiliar na reposição e na realização de inventários, dentre outras funcionalidades que otimizam a operação e trazem a organização necessária para que as estratégias sejam bem sucedidas.

 

Com o WMS, o seu negócio está pronto para aumentar as vendas, garantindo precisão necessária para a satisfação do cliente.

 

Para saber tudo o que o sistema oferece, baixe gratuitamente o nosso Guia de Funcionalidades.