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Altas taxas de turnover trazem vários prejuízos ao negócio. Veja como você pode mudar essa situação. 

 

 

Você, gestor de armazém, certamente deve se questionar diariamente sobre como está a eficiência da sua operação, se os custos estão dentro do previsto, se tem conseguido cumprir os prazos de entrega ou mesmo se os clientes estão satisfeitos com o seu serviço. E, muitas vezes, um questionamento importante é deixado de lado:

 

Como está a saúde organizacional da operação logística?

 

Pode parecer que a satisfação dos seus funcionários não tenha tanto impacto quanto a dos seus clientes, mas a verdade é que uma está intimamente ligada a outra. E ainda: a saúde organizacional também tem impacto na eficiência e nos custos, afinal, quando há uma grande rotatividade de funcionários, você não consegue consolidar seus processos logísticos, a qualidade e produtividade da sua operação são afetadas e gastos são gerados com demissão, admissão, treinamento, dentre outras despesas. Controlar o turnover da operação é um grande desafio, mas o seu enfrentamento precisa ser priorizado.

 

O turnover, indicador importante da saúde organizacional, refere-se ao índice de entradas e saídas de funcionários em determinado período de tempo. Até certo ponto, a taxa de turnover pode ser natural e saudável para uma empresa, já que a rotatividade não depende apenas de fatores internos, como também de aspectos externos.

 

Além disso, renovar a equipe pode ser interessante para “oxigenar a empresa”, admitindo colabores que possam ajudar a acelerar os processos, trazer novas ideias e até mesmo tirar os demais colegas da zona de conforto ou procrastinação. Mas um alto turnover é sinal vermelho. Algo não vai bem e precisa ser corrigido. Para que você possa entender melhor esse ponto, vamos primeiro falar dos tipos de turnover.

 

 

Tipos de turnover

 

Turnover

 

Turnover voluntário: quando parte do funcionário a decisão de desligar-se da empresa. Nessa situação, é importante investigar as causas que motivaram o pedido de desligamento. Caso tenham relação com questões / problemas na empresa, é preciso saná-los.

 

Turnover involuntário: quando o desligamento parte por iniciativa da empresa. Para entender as razões, basta conversar com o gestor que optou pela demissão do funcionário.

 

Turnover funcional: quando o pedido de desligamento parte do colaborador, mas o mesmo já vinha apresentando baixa performance em seu cargo. Nesse caso, pode ser positivo para a empresa.

 

Turnover disfuncional: esse tipo de turnover é um dos que mais impacta nos resultados e no clima organizacional. Trata-se do pedido de desligamento de um funcionário capacitado e que traz alto retorno para a empresa. Pode ser líder de algum setor estratégico ou um colaborador com habilidades e competências difíceis de serem encontrados no mercado.

 

Dentro do turnover disfuncional, é possível verificar se ele pode ser evitável ou inevitável. Para tanto, é preciso conhecer as origens do problema através de feedbacks e desenvolver estratégias preventivas e emergenciais para lidar com cada situação.

 

 

Como calcular o turnover?

 

Em geral, calcula-se o turnover de determinado período somando o número de colaboradores admitidos ao número de colaboradores demitidos e dividindo a soma por dois. Na sequência, divide-se o total obtido pelo número de colaboradores da empresa e multiplica-se por 100.

 

Turnover = ([nº de colabores admitidos + nº de colaboradores demitidos] ÷ 2) ÷ total de funcionários x 100

 

Por exemplo: em um ano uma empresa admitiu 10 funcionários e demitiu 14, em um total de 150 colaboradores. Assim, nesse período ela terá um turnover de 8%, pois:

 

[10 + 14] ÷ 2 = 12

12 ÷ 150 = 0,08

0,08 x 100 = 8%

 

Se os índices estão acima do patamar ideal, isso pode indicar algum problema, como:

 

▪ Má gestão de pessoas

▪ Falta de infraestrutura e/ou más condições de trabalho

▪ Remuneração abaixo da média

▪ Baixa motivação profissional

 

Assim, cabe ao gestor uma investigação detalhada para entender os motivos da alta rotatividade, buscando a sua solução.

 

Depois de explicador melhor sobre os tipos de turnover, como calculá-lo e os motivos que podem gerar um alto turnover, vamos agora tratar do turnover no contexto de um armazém.

 

Turnover na logística

 

turnoverSe você, gestor de logística, lida com uma taxa alta de turnover, provavelmente já foi questionado por seus superiores ou pela equipe de RH sobre o porquê de o número não parar de crescer.

 

Junto a esse questionamento, você pode ser perguntado se treinou seus funcionários corretamente, se oferece acompanhamento no decorrer de suas atividades, se faz reuniões periódicas com sua equipe para mensurar a qualidade e a produtividade, ou mesmo se identificou a necessidade de novos treinamentos.

 

Todas essas questões, na verdade, mostram pontos que você precisa se atentar durante a sua gestão para evitar o turnover. Na verdade, você deve se preocupar não apenas com os aspectos relacionados ao desempenho dos funcionários, mas também às condições de trabalho oferecidas e o clima organizacional.

 

 

Quando o índice de turnover é alto, é importante entender as razões que têm levado à saída dos colaboradores, sejam elas voluntárias ou involuntárias. Em se tratando de uma operação logística, em geral, as causas podem estar relacionadas a:

 

▪ Recrutamento e seleção mal feitos, admitindo pessoas que não possuem o perfil adequado para o exercício do cargo (conhecimento + formação técnica + experiência)

 

▪ Remuneração fora da realidade do mercado

 

▪ Clima organizacional ruim

 

▪ Falta de suporte organizacional

 

▪ Ausência de treinamentos e feedback

 

▪ Falta de visão de crescimento por parte dos funcionários

 

▪ Pouco investimento em infraestrutura

 

▪ Condições de trabalho inadequadas (relacionadas a espaço, luminosidade, temperatura, ambiente e equipamentos)

 

▪ Ausência de sistemas que facilitem o trabalho dos funcionários

 

 

Em relação a esse último tópico, sabemos que em operações exclusivamente manuais, os colaboradores precisam memorizar posições de produtos e suas regras de armazenagem, organizar a execução de tarefas, além de, em muitos casos, terem retrabalhos. Caso a operação não possua um sistema que faz a sugestão automática de endereços, a convocação ativa das tarefas e a gestão dos pedidos, é bem provável que erros sejam cometidos.

 

Nesses casos, o funcionário será cobrado posteriormente por suas falhas, as quais podem ocorrer por falta de infraestrutura adequada ou sistema de apoio para a execução do trabalho. E isso gera a insatisfação, pois ele não quer errar. E mais ainda: o funcionário quer ter a oportunidade de corrigir uma eventual falha a tempo. Com a solução de Gestão à Vista oferecida pelo sistema de gestão de armazéns (WMS), todos os operadores podem acompanhar em tempo real o seu desempenho, sendo capaz de se autogerenciarem.

 

Outro exemplo de ganho que o WMS oferece é o Kanban, que indica automaticamente as movimentações que devem ser realizadas, auxiliando muito no trabalho dos operadores. De acordo com Fabrízio Ferrari, Diretor de Projetos da Delage, os próprios funcionários demandam a funcionalidade. “Em um de nossos clientes, uma das equipes que trabalhava com o kanban foi remanejada para outra área que não utilizava a solução. Eles não se adaptaram e logo pediram que instalássemos a funcionalidade naquele outro setor. Isso demonstra o quanto valorizam a tecnologia”.

 

Fabrízio relata ainda, a experiência de outro cliente da Delage que, após implantar o WMS, também deve uma queda no turnover. “O Diretor de Logística nos relatou que o turnover na operação diminuiu de 15% para 3% pouco tempo depois da implantação do sistema”, afirma.

 

Portanto, não basta apenas investir em uma boa Gestão de Pessoas, entendendo as suas demandas e buscando atender aos seus anseios. É preciso oferecer boas condições de trabalho, incluindo tanto os treinamentos quanto o investimento em inovações que vão auxiliar na execução das tarefas.

 

 

Ações que fazem a diferença

 

Você é o técnico do seu time e, como um bom líder, precisa formar uma equipe forte e dedicada. Para tanto, o primeiro passo é acreditar e apostar em seus colaboradores, além de desafiá-los continuamente a darem o seu melhor, mostrando que os resultados são benéficos para todos. Valorize os seus talentos, abra oportunidades de crescimento para aqueles que se destacam – vale mais investir em quem está dentro da empresa do que buscar pessoas de fora. Sua empresa precisa ter um plano de carreira, de modo a motivar os funcionários.

 

É importante também conscientizar seus colaboradores da importância do clima organizacional e, uma forma de manter um ambiente saudável é fazer reuniões periódicas para elogiar os acertos e mostrar os erros como uma experiência, um gatilho para o acerto. Todo feedback precisa ser construtivo.

 

Outra ação de extrema importância é investir em treinamentos e incentivar os seus funcionários a buscarem novos conhecimentos para que se desenvolvam continuamente.

 

E não se esqueça: você precisa estar aberto para ouvir todos, mostrando que está ao lado deles, afinal, os colaboradores precisam se sentir bem em fazer parte da sua equipe. Deixe claro que todos são importantes e que a ausência de um único membro pode impactar nos resultados. Por outro lado, se formarem uma equipe forte e unida, o sucesso virá.

 

Caso necessário, reveja políticas internas, planos e metas e demais questões que possam estar desmotivando os funcionários. E lembre-se: a ética deve prevalecer antes de tudo!