Pesquisa da Ebit|Nielsen prevê crescimento nos pedidos de e-commerce no Brasil e também no ticket médio das vendas
A força alcançada pelo e-commerce brasileiro no último ano deve se manter em 2021, com uma perspectiva de crescimento do setor em 26%, conforme pesquisa realizada pela Ebit|Nielsen, considerada a maior plataforma de opinião de consumidores do Brasil. De acordo com o órgão, o comércio eletrônico deve atingir um faturamento de R$ 110 bilhões, número que indica a consolidação das lojas virtuais e dos marketplaces.
Conforme destaca a Ebit|Nielsen, o fortalecimento do setor deverá acontecer em razão de quatro pontos principais:
– Crescimento do número de consumidores
– Consolidação de e-commerces locais
– Fortalecimento dos marketplaces
– Maturidade logística do setor para agilizar a entrega em busca de eficiência operacional
Durante a realização do estudo, a Ebit|Nielsen questionou os consumidores se eles pretendem continuar comprando on-line, prática que se tornou comum em razão da pandemia. A surpresa foi que 95% deles disseram que sim. Isso demonstra que muitos que experimentaram o e-commerce pela primeira vez, gostaram da experiência e da comodidade oferecida e querem mantê-las.
Julia Avila, líder de Ebit|Nielsen, confirma a tendência, acrescentando que “o ambiente mais confortável para o consumidor é acompanhado pela maior qualificação e preparo das lojas, seja grandes marketplaces ou pequenas lojas que tiveram que entrar no ambiente on-line por conta da pandemia”.
Aumento nos pedidos e categorias mais requisitadas
Ainda segundo a pesquisa, em 2021 deve haver um aumento de 16% nos pedidos, chegando à marca de 225 milhões. O ticket médio das vendas também deve aumentar 9%, passando para R$ 490.
A empresa aposta em um aumento da demanda nos seguintes segmentos: Alimentos e Bebidas; Arte e Antiguidade; Bebês e Cia; Casa e Decoração; e Construção. Avila explica que esses segmentos se destacaram em 2020 e devem seguir a tendência de fortalecimento agora em 2021.
“Todos eles estão ligados à maior importância que as pessoas dão em construir ambientes mais aconchegantes para se adaptar à nova lógica imposta pela pandemia”, ressalta Avila.
E-commerce brasileiro: 2020 x 2021
De acordo com matéria apresentada no programa Fantástico, as vendas do e-commerce brasileiro cresceram 70% em 2020. Mesmo sem contar os resultados do Natal, de janeiro a novembro foram mais de 270 milhões de pedidos em milhares de lojas de todo o Brasil. O crescimento, que superou enormemente todas as expectativas, consolidou a atividade e instaurou um novo comportamento do consumidor.
Para 2021, a Ebit|Nielsen acredita que o resultado será um pouco limitado em razão da retomada gradual da economia, expectativa de aumento da taxa básica de juros e inflação mais alta. Ainda assim, a venda on-line seguirá forte por ser a opção mais viável e confortável para o atual cenário, conforme defende Julia Avila.
Desse modo, as oportunidades são promissoras para as empresas que tiverem como foco a oferta de uma experiência de compra positiva e incomparável. Por isso, é fundamental preparar para se destacar e conquistar o cliente que pretende seguir comprando on-line.
Tendências do e-commerce no pós-pandemia
A ABCOMM (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), elencou uma série de tendências para o e-commerce no pós-pandemia, práticas que já começaram e que devem se consolidar. Confira algumas a seguir:
✓ Transformação digital das empresas: investimento em tecnologias que profissionalizam os negócios e que tornam as operações mais eficientes
✓ Mudança no comportamento do consumidor: o cliente, agora omnichannel, deseja ter a melhor experiência de compra, e isso inclui desde a pesquisa pelo produto, sua disponibilidade no estoque, preço, frete e prazo de entrega.
✓ Novos hábitos: com as mudanças no comportamento do consumidor, o comércio passa a oferecer mais experiências híbridas, como compre no site e retire na loja, ou conheça na loja e compre pelo site.
✓ Reinvenção na forma de vender: as empresas precisam estar atentas a tudo o que acontece ao seu redor, buscando trazer novidades aos seus clientes. Elas também perceberam que, para vender bem, é preciso priorizar o setor de estoque e logística. “.O seller deve integrar suas áreas internas através de um sistema de gestão para proporcionar melhor experiência ao consumidor, do pedido até a entrega”, destaca a ABCOMM. Além disso, é importante investir no relacionamento com o cliente, diversificando os canais de contato e buscando oferecer um atendimento personalizado.
Conforme salienta a ABCOMM, o cenário atual já deixa rastros e grandes mudanças ainda estão por vir. Nesse contexto, é fundamental também educar o consumidor ao novo formato de compra, mostrando que ele pode ter a mesma excelência que a venda presencial. A qualidade nos serviços, torna-se, portando, a grande chave para conquistar o mercado e se destacar.
E aí? A sua empresa está preparada para esse novo cenário? Confira aqui dicas valiosas de como estruturar a logística da sua empresa para o e-commerce.
Fonte: E-commerce Brasil e ABCOMM.