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Conheça as principais mudanças no comportamento do consumidor que impactarão as vendas em 2021 e o que deve permanecer nos próximos anos.

 

consumidorEstamos vivendo uma fase de grandes transformações no comportamento do consumidor, impulsionadas pela digitalização e também pelos novos hábitos adotados em razão da pandemia da Covid-19. Nesse cenário, as corporações que mais se destacam são aquelas que já perceberam as mudanças e vêm buscando adaptar seus negócios ao novo contexto, sempre com o foco em oferecer a melhor experiência aos seus clientes.

 

 

De acordo com o novo relatório da empresa de pesquisa de mercado global Euromonitor International, que identifica as tendências que definirão o comportamento do consumidor e que influenciarão as estratégias de negócios, dois conceitos vêm forte para este ano: “resiliência e adaptabilidade”. Conforme destacado pelo The Wall Street Journal, a Euromonitor prevê que em 2021 os consumidores serão exigentes, ansiosos e criativos ao lidar com as mudanças. “As pessoas vão esperar um maior ativismo das marcas, novas opções de serviços digitais em suas rotinas  e mais ajuda para alcançar o bem-estar mental e físico”, diz a matéria do jornal.

 

Para Alison Angus, chefe de pesquisa de estilo de vida da Euromonitor, essas transformações continuarão mesmo após o controle da pandemia. É preciso, portanto, compreender que o consumidor não é mais o mesmo de antes e, por isso, é importante ter abertura para efetuar as mudanças necessárias no negócio.

 

 

Confira, a seguir algumas tendências apontadas pela Euromonitor para o consumo em 2021:

 

 

1 – Valorização do ativismo de marca

 

Os consumidores prestaram mais atenção às ações das empresas durante a pandemia e tudo indica que eles levarão as questões sociais e ambientais mais a sério, mesmo com o retorno à normalidade. Para a Euromonitor, as pessoas vão exigir uma maior responsabilidade da empresa quanto à saúde e bem-estar de seus trabalhadores, assim como vão ficar de olho nas ações realizadas em prol das comunidades locais , especialmente quanto à promoção da sustentabilidade. Isso porque a Covid-19 mudou a relação das pessoas com os espaços ao ar livre, despertando-lhes para a importância do zelo ao meio ambiente.

 

 

2 – Espontaneidade e conveniência

 

Os consumidores sentem falta da espontaneidade das compras e das experiências pré-pandemia, e querem ter isso de alguma forma. “Nós realmente queremos aquele café para viagem, aquele passeio e parar para almoçar em algum lugar, ou seja, aquela espontaneidade e facilidade”, disse Angus ao WSJ. Nesse sentido, as empresas precisam explorar sua criatividade para oferecer uma experiência semelhante, ainda que no contexto digital.

 

É importante destacar também que a Euromonitor constatou que os consumidores mais jovens preferem interações digitais, enquanto 68% dos consumidores com mais de 60 anos preferem falar com pessoas em seus contatos com a empresa. Tais dados são fundamentais para nortear as estratégias nesse momento em que é crucial impressionar os consumidores.

 

 

3 – Espaços ao ar livre

 

Mesmo após a pandemia, o desejo das pessoas por espaços ao ar livre para trabalho, eventos e recreação continuará forte, diz Euromonitor. “As empresas precisam criar seu próprio oásis ao ar livre”, diz o relatório.

 

 

4 – Realidade “Phygital” (Físico + Digital)

 

Realidade phygital” é o termo criado pela Euromonitor para explicar o novo contexto híbrido onde os consumidores vivem, trabalham, fazem compras e se divertem tanto pessoalmente quanto on-line. Cada vez mais as pessoas têm utilizado as videochamadas, aplicativos de smartphones e outras tecnologias para permanecerem conectadas durante a pandemia, apesar de estarem fisicamente separadas de seus amigos e familiares. Isso se torna um hábito, fortalecendo, portanto, essa transição constante entre o físico e o digital.

 

 

5 – Novos horários

 

Os consumidores esperam obter uma flexibilidade de horários recém-descoberta com as mudanças em sua rotina. O fato de eles terem se tornado multitarefa dentro de suas suas casas (trabalhando, cuidando dos filhos, fazendo suas atividades de lazer, executando as tarefas domésticas, etc.) mudou a forma como eles lidam com os horários, ou seja, os consumidores esperam que as empresas também ofereçam essa flexibilidade. Na visão da Euromonitor, os clientes exigirão uma cultura de serviço 24 horas.

 

 

6 – Consumidor “rebelde”

 

Existe uma onda de desconfiança em relação aos governos e à mídia provocada pela desinformação, defende a Euromotor. Com isso, as pessoas têm se “rebelado” e colocado suas necessidades em primeiro lugar. Nesse sentido, passam a investir em alguns “luxos” para que se sintam melhor em suas casas, alcançando bem-estar físico e mental durante esta crise.

 

 

7 – Moderação 

 

Um outro movimento observado é o de economia nos gastos, visto que muitos perderam seus empregos ou estão em situação delicada com a crise financeira. Assim, há uma tendência de moderação, ou seja, os consumidores esperam fazer um orçamento com cautela e comprar produtos e serviços de valor agregado e acessíveis. Para a Euromotor, pode acontecer de um consumidor se identificar tanto com esta tendência como a anterior, buscando economizar em algumas coisas para poder adquirir itens que tragam bem-estar.

 

 

8 – Obsessão por segurança

 

A pandemia despertou nas pessoas uma preocupação maior com a sua saúde. Consumidores passaram a exigir serviços sem contato, padrões de saneamento excepcionais e produtos que aumentam a higiene e a imunidade.

 

9 – Maior autoconsciência

 

A pandemia também levou as pessoas a repensar suas prioridades, a refletir sobre suas identidades e a buscar um equilíbrio entre vida pessoal e profissional, diz a Euromonitor. Todos precisaram reconfigurar suas vidas. Assim, há uma tendência de valorização das empresas que oferecem o acesso a bens e serviços que promovem o autoaperfeiçoamento e o equilíbrio do estilo de vida.

 

 

10 – Evolução do trabalho em casa

 

O home office já vinha se fortalecendo antes da pandemia, mas as medidas de distanciamento social tornaram isso uma realidade para muitos da noite para o dia. Do mesmo modo, empresas tiveram que se readaptar e há uma parcela delas que pretendem manter o trabalho remoto. Assim, a Euromotor acredita que  muitas pessoas permanecerão em home office, ao menos parte do tempo, por um longo prazo.

 

Com isso, haverá um impacto em muitos aspectos da vida diária, desde gastos com tecnologia até hábitos alimentares e escolhas de roupas. Se por um lado, haverá uma diminuição dos gastos com cafés, intervalos para o almoço e socialização com colegas pós-expediente, por outro, as compras de alimentos e bebidas podem se tornar mais sofisticadas à medida que as pessoas tentam criar refeições com qualidade de restaurante em casa, prevê a Euromonitor.

 

 

Encantando o consumidor

 

Além de todas esses pontos citados, é importante lembrarmos de outras tendências que já vinham se fortalecendo antes da pandemia e que devem permanecer, como o omnichannel, a personalização no atendimento, a agilidade nas entregas e a qualificação dos serviços de venda on-line. Para quem atua no off-line a prioridade deve ser oferecer uma experiência de compra inigualável.

 

Em todos esses aspectos observamos pontos que são fundamentais: o investimento em tecnologia, a abertura para mudanças, a criatividade e a busca por eficiência constante. As empresas que já entenderam que é momento de investir na qualidade do atendimento, diferenciando-os dos seus concorrentes, certamente estão um passo adiante!

 

Fonte das informações: The Wall Street Journal